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15.9.10

Despretensiosa




Que do poema surta o renascer, da chama
em que o queimei, pois, inerente a si e isento
de culpa, lambe suas feridas e ainda clama.
Teme quedar-se no completo esquecimento.

Que eu saiba a hora certa de desenterrá-lo
e que, em alento, não esteja emudecido;
Ressurja e resplandeça, seus versos num halo
de luz etérea, para que ele seja lido.

Que a minha inspiração então procrie o mote,
trazendo à tona a epígrafe e invadindo a fala
de quem o lê, sem julgamento, ao rés da sorte.

Poesia que de um mundo insano foi banida,
despretensiosa, em linhas tortas, delirante...
A essência apenas da minha’alma enbevecida.


Magmah

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