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9.1.11

cinzelada


ergui essa escultura
cinzelada pelo medo
lavrada pelo grito

sem rumo, vazio


tua voz entalha essas falhas
santos escapam pelas beiras
ouvidos moucos me traem
tua pele rouca rasga a noite

navegamos perdidas
estátuas de sal
apuradas em pele sangue
e avaria


Imagem de Milo Manara , texto Rosa Cardoso

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