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16.2.11


vocifera feroz a dor da ferida,
a fala ferina do fim dessa tarde.
alarde em dias quentes,
vigília e panos quentes.
anjos da guarda com lâminas nas asas
e olhos tranquilos ardendo em brasa,
contenham a fúria do cair da noite
e as palavras chibatas usadas como açoite!
segredarei sussurros cantados ao travesseiro
juntando os cacos do que sonhei inteiro...
rajadas do tempo distorcidas no escuro,
num deja vú patético que projeta o futuro.
sangria e lágrimas por indisfarsáveis mágoas,
fingindo um sorriso que abafa o medo.
mas escoam agora. ecoam. diante das bolhas do mofo no espelho.


(sheyladecastilhoº

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