desnudo-me foliã.
nos devaneios de um copo alvorecido, jogo-me em espaços indescritíveis e indecifráveis.
flutuo em vácuos de caminhos ocos.
evoco o peso do céu em versos que me habitam, que habilitam vozes ecoantes no labirinto infindo do fundo de mim.
no lugar que pressinto, repousam no chão os meus passos e rastros rasantes de querubins,
estradas me abarcam, estrelas me chovem e ventos me guiam.
não sou pássaro.
sou quem passa e pousa em fios de tensão.
alta voltagem na veia é minha volúpia e distração.
é a desculpa sacana e risonha, pra toda forma de cura das tolas indiscutíveis culpas e jorros de negação.
(sheyladecastilhoº
foto: mariana quintão
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