Ah, tempo, tu consomes meus ensejos,
Somente fazes deles o desvelo
Teórico, calado por meus pejos,
E acalmas-me o espírito ao não crê-lo.
Então dá-me o arrimo e o consolo
Na cura pra melancolia vã,
Pro ter saudade, sentimento tolo,
Que é febre inulta, estéril e tão malsã!
Desdém pra crença na felicidade,
Ignoto desespero em agonia,
De um’alma torturada e assim vencida.
Abstém-me da absurda hilaridade,
Do escárnio e da ridícula ironia
De eu reputar-me morta em plena vida.
Magmah
3 comentários:
OI Verinha,
Passa lá no meu blog
http://www.andarilhasuasombra.blogspot.com
Nálu Nogueira,
A Voz da Poesia se sentiria honrada em ter as suas poesias publicadas no site...
www.avozdapoesia.com.br
Fica o convite!
Resposta para: serenissima@gamabrasil.com
Abraço.
Ps.
aceita... aceita... aceita... ;-)
O seu soneto contém o essencial em um soneto: a musicalidade e o drama. O resto é ornamento. Parabéns, escreva sempre. Mesmo que o deus grego não tenha ouvidos ao seu apelo.
Saudações poéticas.
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