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9.10.09

Razõs em desalinho


Os segredos intrínsecos que cultivo por motivo justaposto, estampo no corpo, nos gestos e no rosto. As lavas que escorrem da barra do meu vestido azul, são ínfimas lágrimas que derramei por amor.
Não digo que não as derramarei nunca mais, nunca digo “nunca”. Aprendemos com o passar do tempo que tudo gira, e pode voltar. Se a minha vida é esse ciclone desatinado e cheio de falhas, fui eu quem escolheu? Dizem que temos escolhas.
O meu ciclone perde o tino, assola, mas não perde o prazer de ser único.
E o seu vento, por onde tem ventado?
Você já percebeu o quanto gosta do vento te resvalando a face?
Sei das cavernas por onde tem andado, entendo a sua maneira de se proteger.
Preste atenção para não perder a próxima chuva, você gosta tanto da liberdade, do prazer das tempestades. Outro banho de chuva pode não acontecer se você se mudar para o deserto.

5 comentários:

Unknown disse...

As lavas que escorrem da barra do meu vestido azul, são ínfimas lágrimas que derramei por amor.
- Linda imagem.

Ruy Villani disse...

Essas tuas andanças pela prosa estão rendendo muito!

Cel Bentin disse...

tempestade fluida: palavras, águas, areia. dum modo ou de outro o granizo da gente sempre ri. e volta. ainda que em outra presença.

Ana Sisdelli disse...

Gracias! ulalá e como volta CEL.
besos!

Flá Perez (BláBlá) disse...

adoro esses textos doidos seus.
vc é um heterônimo excelente!