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6.10.09

Vanitas

Não mais poderia ver seu rosto perto do meu. Isso ele já sabia quando foi embora, disso eu não sabia.
Não mais poderia sentir seu cheiro queimando minhas narinas. Pensava nisto todas as vezes que ele ia embora.
Não mais poderia tocar sua pele macia, como um algodão molhado. Quem sabe a textura de seu corpo sou eu e ele, ninguém mais.
Mas estou bem, não se preocupe, não sou dessas mulherzinhas que ficam chorando por causa de homem. Minha existencia tem sentindo sem outrém, meu cheiro se completa sozinho e minha boca se contrai vendo televisão. Sério! Estou bem. Nem me digam que estou velha demais para casar ou arrumar um outro alguém, nem só de romance vivemos, por isso existe jornal, cinema realidade e livros de ficcção científica e dinossauros. É possível viver sem amor. Eu sei.
Contudo quando um brisa corre pelo quarto e meu lençol esfria e abro os braços tateando cega a procura de um corpo, quando choro lembrando ou vivendo tristezas e pego o telefone nem lembrar qual o número que devo ligar, quando pela terceira vez lembro do abraço quente do outro corpo, eu lembro...

O amor é insatisfatóriamente opcional.

5 comentários:

Anônimo disse...

muuuito bommm

Magmah disse...

e é mesmo... :(

Larissa Marques - LM@rq disse...

Marci,
gostei muito!

Ana Sisdelli disse...

ah! o amor,
ardamos todas que faz bem e mal.
curti.

Quintanilha F R disse...

in[satisfatória]mind