Ela é uma mulher muito ocupada.
Acorda, olha através,
além dos olhos da vidraça.
E se esforça,
antes que lhe escape o mote,
em pensar algo
que lhe baste um pouco
- quem sabe um choque
nos que esperam mais
dessa mulher muito ocupada
e forte -
Cansam-me sóis repetidos,
vidraças, garoas, edifícios...
O dia vai administrá-la
mal vesti-la,
agenda-la
come-la rápido no drive-thru da esquina.
Mas ela chega em casa
e ainda precisa aproveitar a noite
para se encher de olheiras
e copiar os mortos
(phodiam mais que ela).
Não é à toa que entre seus dedos
caibam apenas
vidraças repetidas, frias,
novamente sóis, estrelas,
luzes da cidade
e espera.
3 comentários:
desculpe o atraso na postagem.
bjbj
é...da pra gente se ver nos seus versos ! belos e verdadeiros ! Adri
Poxa, obrigada!
estava dizendo esses dias que gosto de ouvir isso, até mesmo num poema como esse.
bjs
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