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16.12.09

espera empoeirada

olhos pousam na espera do inesperado desenfreado, do inebriante desacorrentado.
o sono pesado, que desacorda os acordes de pesadelos de pelos eriçados, expulso de trás da cortina verde, na meia luz do quarto.
ver-te mais uma vez e verter versos (meu sagrado ofício), que nos liberta de pesados passados sacrifícios.
lembro salgadas lambidas nos olhos mareados tão longes do mar... eles refletiam ondas de marejar... eram os meus que refletidos nos teus, me davam essa impressão apenas pela expressão, quem sabe pela ótica da ilusão.
dispersos os teus, atentos os meus, diversos olhares em nossa direção...
o pantomímico que oferecia flores de plásticos, não lhe causou a mesma minha comoção. me acomodo então, na espera da chegada eriçada... de peito aberto e desempoeirando as palavras de amor guardadas nas janelas do tempo, esperando o merecido benefício...
hoje o amor me vaza por todos os orifícios...

(sheyladecastilhoº

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