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23.12.09

eu no reino do rei do poema luz

te ensaiava por entre sumos de limeiras a colher odores da madrugada,

eu (es)calava os meus calafrios, desaguava no teu (a)mar meus rios

minhas tempestades e correntezas,

te inundava com minhas certezas indefesas...

apaziguava o meu peito em brasa

e também camuflava o torpor que vinha,

quando sua língua vibrava entre as minhas linhas mal traçadas,

me afagava ofegante sobre e exposta entre mais de oito almofadas...

pois me enrolo nas cortinas rasgadas da guerra de todo dia,

são os trapos que cobrem agora meu corpo,

como o luxo que me despe em outras horas,

em outros templos...

lambo a memória de outros tempos

em que me espreguiçava entre tartarugas de mármores e relógios de sol...

ouro na tua pele percorro, onde sei que

há um mágico rei do poema velado à lampada...

ah, dono dessa poesia luz...
.
(sheyladecastilhoº
..
poema ins-pirado no vídeo mito de paulo castro...

Um comentário:

ükma disse...

Bacana a redescoberta do corpo amado. O tempo passando e deixando marcas, novas marcas, antigas marcas.