te ensaiava por entre sumos de limeiras a colher odores da madrugada,
eu (es)calava os meus calafrios, desaguava no teu (a)mar meus rios
minhas tempestades e correntezas,
te inundava com minhas certezas indefesas...
apaziguava o meu peito em brasa
e também camuflava o torpor que vinha,
quando sua língua vibrava entre as minhas linhas mal traçadas,
me afagava ofegante sobre e exposta entre mais de oito almofadas...
pois me enrolo nas cortinas rasgadas da guerra de todo dia,
são os trapos que cobrem agora meu corpo,
como o luxo que me despe em outras horas,
em outros templos...
lambo a memória de outros tempos
em que me espreguiçava entre tartarugas de mármores e relógios de sol...
ouro na tua pele percorro, onde sei que
há um mágico rei do poema velado à lampada...
ah, dono dessa poesia luz...
.
(sheyladecastilhoº
..
poema ins-pirado no vídeo mito de paulo castro...
Um comentário:
Bacana a redescoberta do corpo amado. O tempo passando e deixando marcas, novas marcas, antigas marcas.
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