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23.1.10

Dos tempos de distância


http://entremeado.files.wordpress.com/2007/09/horizonte.jpg


Estendi a mão
e tudo era horizonte.

Se eu pudesse,
desfeita a tinta de mar,
retiraria com calma
e poria em aquário
as baleias.

Em sacos de plásticos
os tubarões,
as arraias,
as moréias

e as conchas.

Nas caixas de bombons,
os golfinhos e as tartarugas.

Penduraria enormes linhas imaginárias
entre o seu e o meu lugar.

Com vista panorâmica
para as paredes de mar aberto.

Assim, você cruzaria de bicicleta os nossos mundos
e eu iria lhe explicando tudo

Seriam tantas ostras,
tantas cores
e coisas.

Pequenas cores de terras quentes
por sobre a linha do Equador,
por sobre do Rio Amazonas.

Numa ponte de mar sem ondas.

Estendi a mão
e tudo era horizonte.

E os meus sonhos nem sequer borraram
as tintas escuras
dessa noite tão azul.




(Jessiely Soares)





Imagem: Não sei mais aonde encontrei. Peço ao dono que, se acaso achá-la aqui, exija que eu lhe dê os créditos e eu o farei com prazer. Antecipadamente, me desculpo.

:)



3 comentários:

ükma disse...

Puxa, sempre tão bonitos os poemas da Jessy, amo!

Valquíria Calado disse...

Bom dia

lindo!!!
iria busca-lo na lua...
numa ponte de arco-irís.

beijos

bemditorosa disse...

"Estendi a mão
e tudo era horizonte.

E os meus sonhos nem sequer borraram
as tintas escuras
dessa noite tão azul."

Amo vc e seus poemas.