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17.4.10

Patuá



Era, assim, um patuá
o que trazia junto a si.
Não sei dizer ao certo
se era amarrado ao pescoço
ou, quem sabe, dentro do bolso;
ele o afagava em noites frias
e quando verão se fazia
sorria, dizendo fazer comércio
com os frutos da boa fé.
Mas, num dia qualquer, ele 
olhou e não viu sentido no que via;
E o patuá ficou, assim, inerte
num canto qualquer dos dias
e dele a fé baniu.



Patrícia Di Carlo

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