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19.5.10
3 curvo
Hoje não era
flutuava de mão em mão
deslizava na curva que se demora
tanto no fundo de uma colher
para lhe entender o centro
como borda fora
do sofá à aresta da janela
e à boleia pelo azul
as curvas não têm pressa
têm pertença
alienam no recorte reiterado
de uma folha enrugada
e sabem que ondas
arqueiam e as esperam
largas no mar
até de madrugada.
mas rectas
aço a prumo que
furia de Goya a hoje
tubos de instantes
em finais entalados
entre olhos e entranhas
por não saberem curvar
alvos fáceis para o aço
as rectas
dois lados ridículos
um a olhar e outro a ver-se
lados que giram no tempo
em centros vira ventos
e jamais viram os ventos
Dois. Queria três
sem falências mil
ou excessos avessos
outra possibilidade
um ponto de outra vista
o ou sem ouro
três bicos e curvatura
para repensar a humanidade
se não tivesse três bicos
- não era -
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