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31.5.10

Abismo


Existe um abismo para transpor.

Entre o que confio e o que vivencias: um buraco sem fim. De toda a trajetória que sequencia esta história ao que não posso averiguar? Qual a confiança desperta que não pode se quebrar?

Mas... que farei do abismo que vejo entre nossos quereres? Como cobiçarei tua ausência se a tua presença é imperativa para minha serena existência em ti? Vivenciar a entrega é quase tortura se não acredito em ti e duvidas de mim. Qual será o ponto de apoio deste amor sem conforto, desta paixão em confronto com o que desejamos viver? Corromper meus instintos que vêem como mito toda tua promessa, e acredita mais na libido que exercitas na infinita sedução de poeta.

És exímio e seduzes, és tranqüilo em tuas cruzes e não atenho a palavra empenhada em ti...
... e não confias em mim.

Este é nosso abismo, nossa dor e o empecilho: o que nos separa.
A fidelidade indefesa dos instintos das presas que desejamos vencer.

Qual é a tua verdade? A promessa da fidelidade que não consegues manter. O meu compromisso fica sendo comigo, com o que acredito e posso contar.

Quanto a ti fica minha anuência, segues tua vivência que eu vou confiar...

... em mim.

Ana Marques

2 comentários:

[ rod ] ® disse...

Nunca fui bom em ouvir verdades. Talvez porque nunca me foram ditas. Sem ela construi tantos abismos quantos foram necessários ao sentido do parar e o fiz um obstáculo bem maior do que foi... bem maior do que sou!

Um bj moça querida.

Chris B. disse...

Dilema cruel...
Confie!!!

Adoro o que escreves...demais!
Beijos.