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14.7.10

Meu (uni)verso magmático


Ele é meu pai, amante, filho, amigo,
Um homem cuja essência me abstrai.
Me estrupa e também faz amor comigo,
Educa-me, rejeita, abraça e trai.

Compasso de uma dança insana e espúria,
O alto risco, a overdose, o riso sério.
Um breve flerte com a dor e a fúria,
Vilipêndio à incoerência e o impropério.

Constrói um muro em volta como escudo,
Se esconde e só se mostra quando incauto,
Silencia e desnuda-se ainda mudo...

Entrego-me em suas mãos ao escrevê-lo,
Sananado a náusea que antecede o ato.
Compô-lo está entre o sonho e o pesadelo.


Magmah

Um comentário:

Iriene Borges disse...

Me toca, vc sabe!

Beijo maninha.