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5.12.10

Anjo

Olha bem quando guardar tuas asas
E vigia.

Vigia atentamente
A fuga desvairada em que desabam,
Alucinados,
Sonhos sombrios
Desesperados.


Essa coisa de ser anjo é tão cansativa.

Escondo meu gládio
Bem na quina das tuas espáduas
Onde moram fantasmas
E beijos natimortos
Dormem intangíveis e ocos


Por essa noite em que me escondo.



(Rosa Cardoso)

Um comentário:

Cel Bentin disse...

anoitecer ; o voo da noite acende os vaga-lumes e te esconde como quem confessa. a rosa ´disso é vestígio e causa, culpa dela.