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23.1.11

de colin para meg

Sonhei contigo ontem. Não mando em meus sonhos, eles são meio rebeldes e invariavelmente me levam a você. Sonhei com teu beijo inexistente que me deixou um vago sabor de morango na boca. Acordei com saudades de te ver, do teu sorriso, das longas conversas sobre nada.

Sonhei com carícias longas, daquelas que duram horas, sonhei com tua boca que promete tantas coisas e cumpre tão poucas. Acordei assim, inquieto.

Hoje, nesse momento, se eu pudesse... Mesmo sabendo de todas as impossibilidades eu queria te ver, ignorar tuas meias-verdades, deixar de lado as palavras eficientes e vazias, e passar uma tarde à toa, deslizando minha língua devagar pela tua pele, conversando sobre coisas importantes e sobre o nada, rir e ter você em doses alternadas. Era o que gostaria hoje, mas as impossibilidades dançam à minha volta e você está distante de muitas formas.

Pensei em várias coisas para dizer, em maneiras de me despedir do que nem chegou a começar, e achei que, escritas, as palavras seriam mais fáceis de ser ditas, mas não são, e o pior é que elas não podem ser enviadas com um olhar anexo, um sorriso, um afago. Se eu disser algo errado elas não voltam.

Mesmo assim vamos tentar.

Sem te ver fica mais simples. Ainda ontem, quando te vi, minha única intenção era dizer essas coisas, aceitar o desejo como fato e depois partir, mas tua boca me deu outras idéias. Gosto dela, do teu sorriso, e terminamos do jeito de sempre.

Um comentário:

Ana Marques disse...

Rosa,

Gostei tanto, que gostaria de ter escrito isso.
Eu até poderia, se a sensibilidade necessária não tivesse batido à tua porta primeiro.

Parabéns.
Texto de adeus, em que quase não se diz adeus.

beijos.