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22.5.11
Medusa,Prometeu, totens e espelhos
hoje pensei tanto nessa coisa doida
pensei no teu sorriso
sorri da tua voz
cansei de te ver
mas Gostei de te sorrir
da nesga da janela
donde despenca esse céu
eu te chamo
doidivanamente
tempestuoso vento trás teu nome
e vens arrastado e sereno
contar dos nadas abissais
braços remotos falam de totens colossais
cabeças de Górgonas caem dos bolsos
recolho cacos no colo
acaricio teus cabelos
sorrimos e eu
desentendo
deslizo dedos tortos
pelo reverso desses medos
quietos e caros
roubei a égide de uma deusa tão doida quanto eu
numa tarde quieta de abril
para congelar sorrisos
prometeu empedrar paixões e terrores
Odisseu, Aquiles, Penélope, Zeus, todos Prometeu
afrodite te escondeu sob um manto fino
oblíquo tu desvias dessa defesa incerta,
ri das serpentes que invento,
abraça-me os joelhos
através dos espelhos em que me guardas
deslinda venenos
destrava portas
ilumina desencantos febris
Um comentário:
é um sonho, mais que um poema.
E a tatuagem, tô juntando coragem, é exatamente essa que vou fazer.
:)
Beijo, minha poeta linda!
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