A espera submarina
do peixe-dos-terremotos,
ela sonha seus versos toscos:
alegorias escondidas
em margaridas sulferinas
e antigos signos mortos.
Lá no fundo do barco,
nos porões do que foi,
estão seus olhos de ontem.
Esses velhos marinheiros
repetem o fog sob os cílios.
Incrustados,
não reconhecem cenário,
pátria, ilha ou parada,
nem quando veem os filhos.
Com lentidão de sereia,
a mulher que desveste o espelho
à boca soma acalantos.
E guarda que nela se afoguem
outros lábios vermelhos,
inchados
de tanto prazer e pranto.
Poema premiado com o primeiro lugar no
XII Prêmio Cidadão Poesia - Categoria Livre
4 comentários:
Delícia!
anônimo invejoso, queria ser eu...rsrsrsrsrsrsrsrs
vou me benzer correndo!
maravilha!!!
parabéns!!!
Valeu Lari!
Valeu Nomsense!
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