Pesquisar este blog
30.9.09
No escuro
“Amor é primo da morte, e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam), a cada instante de amor.”
Carlos Drummond de Andrade
No escuro
Capaz de afrontar a qualquer deus,
O amor, que é efêmero e fugaz,
Por mais que se mostre pertinaz,
Só é absoluto após o Adeus.
Tão frágil e vago, é só um véu
Que nos venda os olhos ao acaso.
Limite de vida seu é raso
E lavra ilusões como em cinzel.
Destino traçado em nossa palma,
Tatua um projeto de futuro
E em sonhos consome toda a calma
Expondo e cavando fundo o puro
Inferno no céu da própria alma.
Só se ama tateando vãos no escuro...
Magmah
6 comentários:
coisa linda e triste.
já me entristeceu na primeira estrofe.
poxa!
" só se ama tateando vãos no escuro"
lindo Sara!
inteiro.
belo, como sempre!
Maravilhoso, de um ritmo impecável.
Pra ficar perfeito, todo em 9 sílabas com as tônicas na 2ª e 5ª, que tal (pitaco!) substituir "desenhado" por "riscado" no primeiro verso do primeiro terceto??? Acertaria tudo e os mais chatos não iam reclamar... rsssssss...
blz, Cesar! já tá ajeitado o escrito. obrigada por leres com tanta atenção. bjos.
todo belo. chave de ouro matadora.
Postar um comentário