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18.10.09
Língua
Língua solta
sem rodeios
indaga sem medo
a que veio?
Língua presa
cala seco
a dor das ruas
as mortes nos becos,
Língua quente,
um ópio, um vício
transforma o prazer
em seu único ofício
Língua fria
profere nos palcos
o que não acredita,
Maldita!
Língua santa,
espalha o bálsamo
um doce alento
diluindo o tormento,
Língua sua
me lambe, entorpece
em gozo frenético
meu corpo padece,
Minha língua na sua, solta,
meu corpo no seu preso,
e nunca esfria,
eu sei não sou santa,
então eu me rendo
a sua língua vadia.
(para comemorar um ano do meu primeiro livro: "Língua" Expressões Poéticas)
3 comentários:
Fiquei sem fala! Gostei muito. Bem feito, erótico na medida, lindo. Bj
Língua vadia... taí! Melhor desfecho, impossível! Bj.
gosto muito desse mote, belo! belo, Maju!
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