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17.2.10

poética

rodin


trocamos transitórios deleites e tudo que nunca foi amor se entrega ávido à vontade, descarado vício que habita explícito em nossas entranhas.
e ninguém subiu essa noite ao céu, pois o desejo sempre pesa nossa culpa, mas esse ato sussurrado no chão, treme nossas pernas tontas e escorre gotas férteis no meu seio semi árido.
desertos olhos pousam na minha janela alma, fazem ventania que reviram poemas e desconstroem todo controle pré anunciado, apenas porque irrigam e regam os suaves caminhos das minhas sangrentas regras.
pervertemos as convenções que nos causam fascínio, rimos com escárnio das fatalidades do destino, poucos minutos antes de ladeira abaixo, em um silêncio sorridente de uma prece, eu latejar o gosto não permitido e lascivo, de um desejo claro que arde reincidente.


(sheyladecastilhoº