Teorizo a matéria em vazios
Espalhando migalhas na mesa
Tenho n’alma um terreno baldio
Renitente à invasão e à surpresa
Um pé d’água em desterro me cai
Com faíscas nos olhos, despejo
Baço mar de friezas que vai
Só castrando e calando um desejo
Tatuagens eu mesma que fiz
Sou um bicho com garras em gume
Afiadas, qual facas e esporas
Sol ardendo em mormaços febris
Que recorta horizontes num lume
Sucessão inconstante de Agoras
Magmah
3 comentários:
Conheço o estado
vez por outra sou onca
sei ser árvore
quando sou vento quero ser furacão
sonho ser chuva virar tempesde
num mar revolto ser tb onda grande
desprendo-me e flutuo sou gaivota
em todas essas buscas ainda não me achei, onde estou eu?
beijos.
Essa menina tem o ritmo e a leveza nos seus versos sempre!
Deliciosa leitura...
puts! tudo bom, mas "garras em gume" foi do caralho!
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