imagem: John Slater
Não terei em meus dias regras que estabeleçam quem eu sou. Quem não me pode respeitar, ausente-se do meu destino. Quem não me pode enxergar, que assista televisões inócuas.
Viver é o abandono das certezas, a captura dos sonhos. Só busco minha face nas pedras do meu caminho. Nelas me apoio e com elas construo o meu castelo. Calço de fantasias as linhas de minhas mãos e vou ao encontro do monte de Vênus.
O cupido me erra, e eu me acerto.
Tropeço em mim, me despedaço e me reconstruo. Cada gota de sangue caída ainda sou eu e me pertence. São as minhas pegadas: ida e volta.
Diga o que fazer, e eu seguirei adiante. Molde-me e eu me esparramarei. Enclausure-me e me tranformarei em fogo.
Consumindo tempos, espaços e paredes virarei fumaça.
Vou em busca da minha Divindade. Da força que rege a minha vida.
Liberdade: diga-me teu nome. Sim, aquele secreto. Diga para que eu te invoque no meu altar e te coloque como Deusa em minha vida.
2 comentários:
F-A-N-T-Á-S-T-I-C-A-M-E-N-T-E semelhante a alguém que você conhece! Mais uma vez, parabéns pelo excelente uso das palavras! Gosto muito de suas escritas...
adorei!!
parabéns
muito bom
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