Pesquisar este blog
26.4.10
A Louca
Qual preço pagarei de novo?
Apenas para ser e manter quem eu sou?
Abro mão das linhas esparsas, das palavras macabras, dos risos escondidos e da névoa maldita que parece precisar exisir. Subo escadas sem parar, nem me posso alcançar já que fujo de mim. Subo degraus inconstantes e, no entanto, a pensante insiste em tropeçar.
Apavoro-me em mim.
Que há na ignóbil natureza, que destrói essa torpeza e finge que é bela para poder me enganar? Que posso deixar meu predador se entregar ao próprio furor e não consigo parar.
O preço é cobrado e mancha com sangue as minhas mãos. Meu sangue, meu peito, minha face de tantos 'nãos'. Escorre sangue, navalha na carne leva essa trama, embola e desova o que há de criança em ti. Leva embora esse intento e devolve o interno que eu perdi.
Escorre sangue... de mim.
Escorre tempo. Leva o que me restou. E deixa este invólucro aqui: um fio entre o traço obscuro e a mente do vão.
Ana Marques
8 comentários:
Ana,
amei o texto, posso postá-lo no meu blog?
bjkks
Mí
Muito bom mesmo!
Ficaria lindo encenado! =)
É... a sangria às vezes é bem providencial. Escrita assim, fica mais clara a sua necessidade. Parabéns lindona, seu veio literário é de fato apurado. bjos
Nossa, concordo com monique... que tal um monólogo chamado loucura???
pense nisso aninhaaaaa...
alias... texto forte, impactante, extremamente lindo. bjos!
Mírian,
Te respondi no orkut :)
obrigada por me ler...
Monique,
Tenho pensado nisso... roteiros, teatro, peças... :)
SN (Sandrinha),
Obrigada minha amiga, fico feliz que estejas gostando do que lês.
Daphne,
Mais um? É mais uma idéia... rs e vc conhece bem o quanto sou cheia de idéias, né?
beijocas a todas e muito obrigada por prestigiarem o blog!
maravilha! adorei!
muito bom, muito eu!
Flá e Larissa,
Noooooossa, elogio das duas? rs Obrigadão!
Postar um comentário