Não tem mais graça
esse infinito
pois logo ali acaba
e arranje outro termo
pro eterno
quando ele se gasta.
Não acredite em denso
que é muito pouco,
nem em bastante
se já não basta.
Se por hora
a sombra é muito clara
e deus não causa assombro
prefira o fogo e o inferno.
Insistir,
não há mais como,
em sexo, nexo, plexo.
Em cada esquina tem um morto
(morre ao ficar desconexo).
Ósculo bem sabe ser ridículo,
mas o beijo, coitado!
cansou de rimar desejo.
Tanto usaram amor
com dor
que ele fugiu assustado,
precisam dizer algo maior...
Tigresa com s
não soa
bastante selvagem,
bruxas são muito boas
e as fadas, cansei delas,
mas, por segurança,
embrulha uma pra viagem.
Que o dicionário
enfie a viola no saco,
a gramática exploda
como supernova
o lugar comum que se foda!
Eia entrelinhas!
Evoé metáfora!
Longa vida aos palavrões
palimpsestos,
e a coisa insinuada!
Vamos pela vida afora...
Flá Perez (BláBlá)2009
http://tudoqpuderbyblabla.blogspot.com/
4 comentários:
adorei! paradoxos e contradições poéticas sublinguais...
sê bem vinda!
muito bom o poema!
Obrigada!
Belo poema. Muito bom mesmo. Sabes o que queres dizer e dizes como poucos. Parabéns. Abraços.
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