Não só fome ou inexplicável gula,
palavras come por compulsão,
inúmeras fúrias desencadeiam um buscar sem pesar,
o peso na boca do estômago zomba e ri,
então, em total asfixia,
comprime cada letra tardia
que a pouco estava ali,
vomita uma vez mais, gargalha...
como se em transe atingisse o ápice de sua anorexia
enquanto expele sua torpe caligrafia
delira e imagina: - qual será o prato do dia?
Maria Júlia Pontes
Imagem: http://www.geocities.com/thelart/desenho.htm
3 comentários:
adoro essas ganas!
muito bom!
... poesia!
bem servida, deliciosa. adoro tmbm!
bj.
Obrigada meninas!!
Postar um comentário