às vezes, sentava no banco de pedra caiada e observava o Sol cair, desde o momento em que ardiam-lhe os olhos, ainda que a cegasse por instantes quando dele desviava o olhar e ainda, o Sol, insistia em flutuar por onde ela olhasse num tom esverdeado, até o último instante em que por entre montanhas que se tornavam azuis, restava-lhe apenas um tom lilás entre nuvens vermelhas, que anunciavam noite de frio.
fazia amor com a Terra enquanto sorvia goles pequenos de vinho... gostava de uma leve embriaguês, mas pra ser inteira naquele momento era necessária uma dose a mais de lucidez. a terra que lhe correspondia o ato de amor era uma terra úmida, fria e macia. Espalhava pelo corpo e então lhe aquecia. não temia que ninguém a assistisse, pois ali era um canto apenas seu e ela fazia parte daquela natureza, com sua unhas bem feitas entranhadas de terra preta.
o sol, o amor com a terra, o vinho que nasce de vinhedos vindos dela, que fermentou o açúcar que a embriagava de poesia sem palavras.
naquele dia, não aplaudiu o Sol... sua homenagem foram lágrimas de gozo que partiam do fundo da alma.
leve como o vôo de aves migrantes voltando pro ninho ao findar do dia, sem preocupações com tempo e relógios... aves guiadas apenas pelo instinto da luz, percebeu-lhe asas, sentiu-se também ave. Uma ave Maria.
animais noturnos chegavam para a doce boemia... de olhos fechados para melhor enxergar, sentiu a noite a abraçar, o vento gelar. mais uma dose de vinho na taça de alumínio não menos fria.
tão suja de terra e tão linda, de mel e de gosto, decidiu retornar, mas não se lavar...
abriu os olhos para melhor se situar e lá estava ela... amarela no céu nem tão ainda negro a boiar. cheia, dela, inteira... a Lua!
ainda nua, fitou-a com o mesmo desejo com que sentiu lamber-lhe os raios do Sol...
se rendeu e na noite fria que caía, se molhou novamente de amor, beleza e orvalho...
promíscua pela natureza? sabia que não...
pois tinha certeza, era um amor do Caralho!
(sheyladecastilhoº
fazia amor com a Terra enquanto sorvia goles pequenos de vinho... gostava de uma leve embriaguês, mas pra ser inteira naquele momento era necessária uma dose a mais de lucidez. a terra que lhe correspondia o ato de amor era uma terra úmida, fria e macia. Espalhava pelo corpo e então lhe aquecia. não temia que ninguém a assistisse, pois ali era um canto apenas seu e ela fazia parte daquela natureza, com sua unhas bem feitas entranhadas de terra preta.
o sol, o amor com a terra, o vinho que nasce de vinhedos vindos dela, que fermentou o açúcar que a embriagava de poesia sem palavras.
naquele dia, não aplaudiu o Sol... sua homenagem foram lágrimas de gozo que partiam do fundo da alma.
leve como o vôo de aves migrantes voltando pro ninho ao findar do dia, sem preocupações com tempo e relógios... aves guiadas apenas pelo instinto da luz, percebeu-lhe asas, sentiu-se também ave. Uma ave Maria.
animais noturnos chegavam para a doce boemia... de olhos fechados para melhor enxergar, sentiu a noite a abraçar, o vento gelar. mais uma dose de vinho na taça de alumínio não menos fria.
tão suja de terra e tão linda, de mel e de gosto, decidiu retornar, mas não se lavar...
abriu os olhos para melhor se situar e lá estava ela... amarela no céu nem tão ainda negro a boiar. cheia, dela, inteira... a Lua!
ainda nua, fitou-a com o mesmo desejo com que sentiu lamber-lhe os raios do Sol...
se rendeu e na noite fria que caía, se molhou novamente de amor, beleza e orvalho...
promíscua pela natureza? sabia que não...
pois tinha certeza, era um amor do Caralho!
(sheyladecastilhoº
.
11 comentários:
se é amor já é insanidade e nem interessa de onde venha, se santo ou sabatinado!
gosto da sua sonoridade!
uffa!!!!!, ó...
Que seja ave, que seja Maria, mas que seja amor...uma amor do caralho!
Desse amor que é preciso, que preciso... como relógio suíço.
Não sei escrever-descrever sentimentos...No coments then but strong and emotional feelings : Lindo prá c-------, dona Poeta!!!
Muita Luz pro'cê!!!
Um lugar e um amor do caralho! ;-)
Impressionante como essas terras entranham na gente, né? *Bjoks.*
ave maria cheia de graça e tesão ;-)
mais uma história do caralho!
bjs Shari
"sentiu-se também ave. Uma ave Maria"
Digo e repito: Sheylla é do caralho, e do castilho...
a sonoridade vem de Moraes. a pontuação deixou o texto um tanto confuso. o elemento abstrato tratado como concreto é pra poesia. sei lá.
a sonoridade vem da alma, apesar de ser motivo de orgulho ter a sonoridade de vinícius, mas não foi proposital, o que parece ser abstrato é concreto já que se trata de um fato real(!)e eu com certeza, nunca soube o momento certo de usar vírgulas, muito menos de colocar um ponto final...
agradeço!
um amor do caralho!!!!
vou escrever a sequencia, amor da buceta!!!
saudades
byra dorneles
Postar um comentário