minha poesia, também é feita de silêncios
surge de amores que invento
e dos pavores que eu não sustento...
minha poesia se derrama no centro da cama
e ilude que é toda ela, pro (ultra)passado que se engana
e molha a ponta das minhas asas
minha poesia não tem casa
arde e queima feito brasa
tem cheiro de maresia
olheiras de boemia
e no breu da noite fria
é minha poesia quem me guia.
minha poesia é minha mentira verdadeira
e é também, a minha maldade derradeira
é pra quem me segue e me odeia
mas que invade, bate e fica
em quem debocha e me critica
mas minha poesia já morreu
pra você que me perdeu
e eu sei que nunca me esqueceu.
minha poesia hoje é feita de silêncio,
pois não abro minha boca pra falar palavras loucas
e depois de tanto grito, essa noite eu não insisto
em dedicar o nenhum poema, pra essa coisa que foi pouca.
apenas me calo de braços abertos, esperando o forte e certo
que me espera no caminho
com verdade e corpo/ninho...
(sheyladecastilhoº
foto: (sheyladecastilhoº - fotografada por ana paula bandeira
4 comentários:
Que lindo!!!!!! Aliás, tudo o que vc escreve é de uma beleza infinita.
Não decepciona, é sempre uma boa leitura!
estará entre meus guardados... e eu sou bem fresca, ein! parabéns!
Sua poesia ficou maravilhosa Sheyla.
Bjos
Postar um comentário