À Mulher Mal Amada
Urdideira de fios alheios,
anverso sem reverso
coração varrido e amoral;
vestiu-se de amargura e
ancorou na vida;
traga tudo com[o]
amargosa cachaça,
enquanto a parca razão [que tem]
dorme criança
na cadeira ao lado.
Patrícia Gomes
Imagem: Trixis
Sinuosidades
O sol pôs fervura sobre
Minha pesada cabeça e
O tempo corria cru
Feito semente
Quase segui por
Mais um descaminho,
Culpa do dourado das folhas
Do outono a emoldurar a tarde.
O madurar das árvores e
O castanho chão [feito mancha de café]
Faziam queda de braço
Afim de reter o cheiro dos passos meus
Mas é sinuoso o caminho que
Sigo com vasto querer e
Ardo como desejei, pois
Há luz em minha carne
E as águas batem sem passado
E sem futuro.
O sol pôs fervura sobre
Minha pesada cabeça e
O tempo corria cru
Feito semente
Quase segui por
Mais um descaminho,
Culpa do dourado das folhas
Do outono a emoldurar a tarde.
O madurar das árvores e
O castanho chão [feito mancha de café]
Faziam queda de braço
Afim de reter o cheiro dos passos meus
Mas é sinuoso o caminho que
Sigo com vasto querer e
Ardo como desejei, pois
Há luz em minha carne
E as águas batem sem passado
E sem futuro.
Patrícia Gomes
Imagem: Desconheço a autoria, mas pincei no Google
4 comentários:
Entendo a "sinuosidade" como regra. E não conheço exceções. Ces't la vie, ma chérie... (lindo, o teu poema!)
Eu não gosto de retas, então se há que seguir algumas regras, q elas sejam sinuosas! ;o)
Obrigada, Raul!
Gostei mais do segundo poema: Sinuosidades.
olha, ótimo o primeiro!!!!... o segundo tbm achei mto bom!
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