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30.1.10

Forma Estreita



aprendi a passar
com o vento

entortei os pés à procura
de novoc rumos

fechei portas, esqueci-me do chão e
aprendi a chorar baixinho

de forma estreita e olhos fechados
imaginei-me, tantas vezes, outra

mas sabendo-me sem posse e impostora
de mim mesma é difícil habitar-me

ainda mais em dias de ventoso
inverno.


Patrícia Gomes
Imagem:Dame de Mort

2 comentários:

Anderson Pereira da Silva disse...

Gostei do poema, reflete uma angustia imensa do ser. As vezes nem nosso ser é morada.
Parabens.

Jessiely Soares disse...

IMPRESSIONANTE!

Lindo!